Data: 01-06-2012
Criterio: B2ab(i,ii,iii,iv,v)
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Eryngium corallinum é uma espécie campestre com distribuição geográfica bastante restrita no domínio da Mata Atlântica. As coletas que a representam são antigas, todas realizadas há mais de 30 anos, e seu habitat é gravemente ameaçado pela expansão de atividades agropecuárias, sobretudo monoculturas de soja e plantações de Pinus sp. Consequentemente, suspeita-se que E. corallinum possa estar extinta em pelo menos um dos locais em que foi registrada, acarretando declínio na EOO, na AOO, no número de subpopulações e no número de indivíduos maduros. Assim, apesar da AOO calculada de 12 Km², consideramos a área de ocupação da espécie como sendo inferior a 10 km². No entanto, segundo informações do especialista, a espécie já foi coletada em áreas próximas ao litoral, podendo significar um aumento de sua AOO. A espécie está sujeita a uma situação de ameaça.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Eryngium corallinum Mathias & Constance;
Família: Apiaceae
Erynqium corallinum é próxima de E. ramboanum Mathias & Constance, diferenciando-se desta pelas folhas menores e pinatífidas; pelo caule e pedúnculos mais finos; sépalas, brácteas e bractéolas menores e papilas do fruto mais finas (Mathias; Constance, 1958). Nome popular: "caraguatá-coralino" e "eríngio" (Mathias et al., 1972).
A espécie pode formar pequenos agrupamentos, apresentando assim distribuição espacial irregular e descontínua (Mathias et al., 1972).
Ocorre em Santa Catarina e Paraná (CNCFlora, 2011); entre 900 e1000 m de altitude (Mathias et al., 1972).
Erva subescapígera, perene, encontrada em pequenos agrupamentos sobre campos sazonais de solos rochosos. Fértil de setembro a abril; síndrome de dispersão zoocórica (Mathias; Constance, 1958).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Severidade
high
Detalhes
NoBrasil, a área original de Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucária),era de aproximadamente 200.000 a 250.000 km², ocorrendo com maior intensidadenos Estados do Paraná (40%), Santa Catarina (31%), Rio Grande do Sul (25%),apresentando manchas esparsas no sul de São Paulo (3%), internando-se até o sulde Minas Gerais e Rio de Janeiro (1%). Esta formação vegetacional, típica da Região Sul do Brasil, abriga componentes arbóreos de elevado valor comercial,como a Araucaria angustifolia(pinheiro) e Ocotea porosa (imbuia),por isso esta floresta foi alvo de intenso processo de exploração predatório.Atualmente os remanescentes florestais não perfazem mais do que 1% da áreaoriginal, e suas espécies arbóreas estão relacionadas na lista oficial deespécies da flora brasileira ameaçadas de extinção. A Floresta Ombrófila Mistateve significativa importância no histórico de ocupação da Região Sul, nãosomente pela extensão territorial que ocupava, mas principalmente pelo valoreconômico que representou durante quase um século. No entanto, a intensidade daexploração madeireira, desmatamentos e queimadas, substituição da vegetação porpastagens, agricultura, reflorestamentos homogêneos com espécies exóticas e aampliação das zonas urbanas no sul do Brasil, iniciados nos primeiros anos doséculo XX, provocaram uma dramática redução da área das florestas originais naregião (Medeiros et al., 2005).
1.3 Extraction
Severidade
high
Detalhes
Atualmente a vegetação predominante no Estado de Santa Catarina (Floresta Ombrófila Densa) está descaracterizada e fragmentada, devido a extração de carvão mineral, reduzindo drasticamente a vegetação original e resultando em formações secundárias em diferentes estágios sucessionais (Citadini-Zanetti et al., 2009).
1.4 Infrastructure development
Severidade
high
Detalhes
Atualmente a vegetação predominante no Estado de Santa Catarina (Floresta Ombrófila Densa) está descaracterizada e fragmentada, devido a ocupação desordenada, reduzindo drasticamente a vegetação original e resultando em formações secundárias em diferentes estágios sucessionais (Citadini-Zanetti et al., 2009).
1.1 Agriculture
Severidade
high
Detalhes
Atualmentea vegetação predominante no Estado de Santa Catarina (Floresta Ombrófila Densa)está descaracterizada e fragmentada, devido principalmente a processos dedegradação intensos, sobretudo pelas atividades de agricultura, ocupaçãodesordenada e extração de carvão mineral, reduzindo drasticamente a vegetaçãooriginal e resultando em formações secundárias em diferentes estágiossucessionais (Citadini-Zanetti et al.,2009).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Considerada "Rara" na Lista de espécies ameaçadas de extinção da flora do Paraná (SEMA/GTZ, 1995).
- M. E. MATHIAS; L. CONSTANCE. Two New Eryngia (Umbelliferae) from Santa Catarina, South Brazil., Bulletin of the Torrey Botanical Club, v.85, p.255-259, 1958.
- M. E. MATHIAS; L. CONSTANCE; D. ARAUJOREITZ, P.R. Umbelliferae. 1972. 112-114 p.
- MEDEIROS, J.D.; SAVI, M.; BRITO, B.F.A. Seleção de áreas para a criação de Unidades de Conservação na Floresta Ombrófila Mista., Biotemas, v.18, p.33-50, 2005.
- CITADINI-ZANETTE, V.; DELFINO, R.F.; BRUM-FIGUEIRÓ, A.C.; SANTOS, R. Rubiaceae na recuperação ambiental no sul de Santa Catarina., Revista de Estudos Ambientais, Blumenau, Universidade Regional de Blumenau, v.11, p.71-82, 2009.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE/DEUTSCHE GESSELLSCHAFT TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT (SEMA/GTZ). Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná, Curitiba, PR, p.139, 1995.
- Base de dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.
CNCFlora. Eryngium corallinum in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Eryngium corallinum
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 01/06/2012 - 21:09:54